Compreendo aqueles que tanto criticam, aqueles cuja indiferença predomina, compreendo até mesmo aqueles que, com razão, justificam sua aversão pelo fato deste ser o ópio do povo, uma forma de controle social. Compreendo.
Ah, que forma de ser manipulado. Pois digo-lhes que se toda forma de controle do povo fosse como esta, seríamos ignorantes felizes e apaixonados, morrendo por um lado, porém vivíssimos e satisfeitos por outro.
A paixão pelo futebol é adolescente e infinita, não acaba, não nos deixa. Não se tranforma no amor chato e entediante, não cai na rotina, ela é e sempre será a maior paixão de um homem ligado ao suprassumo esportivo. Nos faz chorar, nos faz gritar, nos faz sorrir e, acima de tudo, nos faz esquecer, mesmo que durante apenas 90 minutos, de toda a dor e dificuldade presentes.
E que 90 minutos. Um tempo inesgotável, em que o ódio se transforma em êxtase pleno em menos de 5 segundos. É o tempo que para, são as luzes que acendem e focam única e simplesmente em você, pois é a ti que o combate é feito, é para sua satisfação e de mais ninguém. Guerreiros suam e se digladiam em sua homenagem, com toda sua raça e disposição. Pois neste mundo de fantasia e paixão, a hipocrisia não existe e o dinheiro torna-se apenas um coadjuvante.
Ah, que guerreiros, aqueles que não traem, aqueles que sentem, aqueles que choram. Lutam em poças, correm em desertos, escalam montanhas, pois é para ti, é para todos, é para que, no fim, possamos, debaixo de lágrimas e gritos ecoados, soltar o sonoro: É campeão!
A elite achou aqui: Controle remoto
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